segunda-feira, 12 de março de 2012

Comentário aos artigos 1-5 do Código de Hamurabi

Como dito em sala de aula, podemos reagrupar os artigos do Código de Hamurabi levando em conta os bens jurídicos considerados relevantes para a civilização mesopotâmica. Por exemplo, que bem está sendo protegido nos artigos 1 ao 5 desse Código? Para além das particularidades de cada artigo, para além dos bens imediatos, existiria um bem que poderíamos chamar de meta-bem a ser protegidos por esses 5 artigos? Ou seja, temos um bem mediato que está por detrás de bens como a vida, a propriedade, e a paz social? Refletindo sobres eles, sugeri minhas idéias ao senhores em sala de aula, queria que comentassem aqui sobre elas:

9 comentários:

Laisla disse...

Oi Falbert..
Eu achei bem proveitoso esse método de juntar os artigos que falam sobre os mesmos assuntos (através de verbos) e fazer um comentário geral.
Achei que desse modo ficou mais fácil e clara e compreensão.
[Laisla]

FALBERT SENA disse...

Oi Laisla, fico feliz que tenha entendido a proposta, de fato, torna-se mais proveitoso, pelo menos para a leitura e compreensão de um texto, que, veja lá, tem 4000 anos de registro. Além de permitir outras operações, como comparação com o direito moderno, e nacional. Vamos ver como os demais seminários irão se desenvolver de agora em diante

Maria Costa disse...

Falbert,

Com o método sugerido acima, ao meu ver, foi um direcionamento, facilitou a maneira de trabalharmos em sala e creio que é o melhor para que todos entendam, evitamos o uso demasiado da leitura o que não torna o a apresentação maçante.

Anônimo disse...

Falbert, com certeza a compeensão ficou mais facíl...
Parabéns pela ideia do blog, se tornou uma opção a mais de estudo para nós...

Geovana.

Anônimo disse...

compreensão*...

FALBERT SENA disse...

Vejam como as apresentações dos seminários está evoluindo em termos de método. Os outro seminários foram bons, mas acho que estamos ganhando mais experiência, vendo que seminário é isso, discussão, debate, idas ao texto para constatar as coisas que se está falando. Mas ressalto, não devemos sair do texto, ele é o nosso objeto de estudo, no caso, o Código de Hamurabi. Tudo mais que for trazido deve ser em função de melhorar a compreensão do texto. E temos esse ganho também, que você Maria Costa, se referiu, fica menos maçante, cansativo. Continue opinando

FALBERT SENA disse...

Geovanna, penso que podemos colocar muitas coisas aqui, não só dúvidas, mas comentários, impressões que ficaram do debate em sala de aula. Lembra daquele rapaz do fundo que fez uma pergunta ao seminarista ontem ? Então, o seminarista foi ao texto, e fomos constatar mesmo sobre a responsabilidade do pastor sobre não somente a cria, mas também de lucro, de renda que esse pastor estava obrigado. Hoje, chamaríamos isso de "contrato fim" no direito civil. Queria falar isso com vocês ontem, mas estavam muitos, digamos, exaltados, falantes, mas teremos oportunidade de falar sobre isso. Queria também comentar sobre o princípio da "intranscendência das penas", que é algo moderno, mas tá ausente no Código de Hamurabi, pois essa conquista da individualização das penas é algo bem recente. Mas há também a questão proporcionalidade, ou como o mesmo nome diz, "talis", quer dizer, idêntico. Esse princípio, a “lex talionis”, ou seja, a pena é idêntica ao dano provocado, já é uma manifestação, ainda que que tosca, do princípio da proporcionalidade, ou seja, de uma medida, já definida. Portanto, a punição sai também da esfera da pura e espontânea vingança, para algo controlado, estimado, estipulado, ou seja, formalizado. Portanto, levando em consideração outros fatores, há progressos nessa legislação.

Anônimo disse...

Falbert, quero ressaltar por este acesso qual achei de prático discernimento, e também parabenizá-lo pela criação deste blog, não tenho dúvida que este contato prático com o professor será de grande facilitação aos estudos para nós alunos, e relembrar uma questão exposta em aula dizente que "todo pensamento seja uma ciência". Ao perguntar para sala, eu disse que não. Não acredito que todo pensamento seja sinônimo de ciência, aliás, são lados opostos de um grande debate, sendo quê, a ciência revelou buracos negros e vazios no universo, desvendou mistérios espetaculares baseados em fatos cientificamente comprovados e explorou os mais singelos átomos, mas se perdeu quando o assunto foi o ser humano, que para ciência, por um lado está próximo fisicamente e por outro lado muito distante de ser revelado aos mistérios da vida (divindade).
O pensamento pode ser um campo imaginário no mundo das idéias. Como exemplo, temos o livro "A Utopia", de Thomas More, onde o autor idealiza uma ilha em aspecto semelhante a atual Grã-Bretanha, porém, com sociedade diferenciada em conceito de vida, ou seja, sem diferença ou desigualdade social, fazendo com que as conquistas daquele povo fossem divididas para todos em partes iguais, com isto, o materialismo não predominou, tão pouco prevaleceu os seres que na época habitavam a ilha. Sendo que cada qual, independente de sua carreira profissional ou postura social, independente do potencial para o trabalho ou conduta com a sociedade haveria de ter os mesmos bens que aqueles que tinham mais, ou menos condições abrangentes para desenvolver-se. Contudo, venho compreender que o autor idealizou uma sociedade perfeita, onde cada qual contribui para o progresso e desenvolvimento do próximo, e todos os bens sejam repartidos igualmente.
-Que bacana.
Pena sabermos que esta criação seja fruto de um pensamento idelista, mas não refere-se ou condiz com a verdade. Ou seja, não trata-se de uma ciência, e sim de uma criação (fantasia) do mundo imaginário.
A ciência foi além, mas aquém de tudo isto, ainda gatinha em revelações não atingidas, como: de onde viemos, quem somos nós e para onde vamos?
A ciência nada explica a respeito da colcha-de-retalhos de nossa memória, principal parte que armazena todas informações em nosso córtex cerebral, ou seja, a ciência não explica, a verdade é que ninguém explicxa a origem de nossos pensamentos. Por quê muitas vezes pensamos nisto, deixando de pensar naquilo, acatamos apenas isto para que seja nossa extrema verdade, sendo que quando passamos a conhecer aquilo, então abrimos as janelas de nossa mente para a informação de uma nova verdade?

Professor Falbert, como o senhor mesmo disse, este é um local para debatermos e questionarmos alguns temas, para que desta maneira cheguemos a um melhor esclarecimento e reflexão do conteúdo passado em aula.

Este é meu conceito a respeito do tema: todo pensamento é uma ciência, já que a própria ciência não revela-nos nenhuma veracidade inerente a este assunto.


Att,
Carlos Eduardo Gonçalves.

FALBERT SENA disse...

Prezado Carlos, parabenizo-o por suas opiniões. De fato, as ciência não responde a tudo, mas tem nos ajudado em muitos aspectos, por exemplo, boa parte do mundo natural conhecido é explicado pela ciência, inclusive as ciências da vida, como a Biologia. Mas você destacou uma questão interessante, quando diz que a ciência:

"se perdeu quando o assunto foi o ser humano, que para ciência, por um lado está próximo fisicamente e por outro lado muito distante de ser revelado aos mistérios da vida (divindade)".

Portanto, você reconhece que a ciência teve e tem algum papel para nos esclarecer, nos explicar, tornar a vida mais compreensível. Evidente que ela não pode responder todas as perguntas, mas nem por isso podemos ou devemos abrir mão de suas conquistas. Imagine quantas vidas são poupadas de doenças terríveis, quanta dor evitada ou pelo menos diminuída pelo trabalho incansável dos cientistas.

É claro que os cientistas contribuíram, mesmo sem querer,com a produção de armas de destruição em massa.Mas ai é o uso político da ciência, não a ciência em si. Além do mais, devemos sempre diferenciar a ciência da tecnologia, esta última tendo fins mais imediatos e aplicáveis, comerciais, por exemplo. Mas veja o outro lado da moeda, afinal, tudo tem dois lados. Os remédios para a AIDS, são resultados de anos de pesquisas e de muito sacrifícios, ajudando não somente portadores adultos do vírus, mas de muitas crianças que contraíram de seus pais, ou mesmo, ao nascer não são contaminados graças a aplicação imediata do coquetel anti-aids ao recém-nascido.

Novamente, parabenizo sua participação, inclusive na sala de aula, sinta-se a vontade, será sempre bem-vindo seus comentários, assim como dos demais alunos, que ainda não tomaram a iniciativa de participar, lembrando ainda a todos que o msn para falar com todos vocês é : imes_falbertsena@hotmail.com